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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

UM POUCO DA HISTORIA DO COMEÇO DO NOSSO PAI DO ROCK NACIONAL RAUL SEIXAS


RAULZITO E OS PANTERAS: ESSA FOTO AI E A BANDA QUE O RAUL FAZIA PARTE LA NA BHAIA ANTES DE VIR PRO RIO DE JANEIRO PARA SER PRODUTOR MUSICAL NA CBS 



Antes de se consagrar como cantor, Raul Seixas fez seu nome como produtor e compositor para vários artistas.


Trabalhando para a gravadora CBS (atual Sony) de 69 a 73, ele cumpria exatamente a mesma função de , por exemplo , George Martin Para a EMI nos anos 50 e 60 ou Liminha para a Warnes nos anos 70 e 80 - ou seja , foi produtor fixo da gravadora, mero "operário da alegria", cuidando dos discos de vários artistas do elenco.



Aliando a versatilidade à nessecidade , com uma filha para criar  Raul se desdobrou não só como produtor da CBS , mas também como compositor , inclusive para artistas de outros selos. Ele afirmou ter composto cerca de 80 músicas nesse período, todas bem comerciais. Algumas bastante efêmeras, o que é normal em qualquer compositor tão produtivo. Muitas delas , porém , tornaram-se classicos brega: "Se ainda exister amor" (lançada por Balthazar e regravada nos anos 90 por jayne) , "Ainda Queima a Esperança"(Diana) e "PlayBoy" (Renato e seus blue caps) , só para citar algumas.


Quem muito contribuiu para a estréia de Raul como produtor foi Jerry Adriani, quem o conhece durante uma temporada de shows no Norte/Nordeste. A Banda que iria acompanha-lo não apareceu e na hora do aperto alguem sugeriu Os Panteras, que deram conta do recado , a ponta de Jerry convidá-los para ir ao Rio de Janeiro.


Salvo engano, Jerry foi o primeiro artista a gravar uma música de Raul , justamente um de seus maiores sucessos , "Tudo que é bom dura pouco", em 69. Jerry se deu tão bem com Raul que pediu a Evandro Ribeiro, diretor da CBS, que o desxasse produzir seus discos. "Ele ficou meio cabreiro, mas acabou topando. Produziu três LPs meus e é autor de um dos maiores sucessos da minha carreira, 'Doce , Doce Amor'."


  1. Os três integrantes do grupo Azymuth também tem apenas elogios para Raul. Ivan Conti, Alex Malheiros e José Roberto Bertrami trabalharam em discos de Raul na PolyGram, nos anos 70. "Ele era profissionalissimo, muito responsável, sabia oque queria" , dizem. Já a falecida Miriam Batucada , de quem Raul produziu na CBS um compacto com dois sambas, costumava ser menos lisonjeira: "Raul acabou com a minha carreira, samba não era a praia dele. Mas como ele mesmo se auto-destriu, a gente perdoa". Odair José foi outro artista que teve alguns de seus primeiros discos produzidos por Raul na CBS. "Ele almoçada com agente", conta, "e estava sempre com uma maleta 007, de onde tirava uma porção de comprimidos, dizendo 'este é pra crescer cabelo, este é pra fazer parar de crescer cabelo'..."

Se samba não era o forte de Raul , o forró estava mais proximo de suas origens. Em 71, ele chegou a escrever o texto da contracapa do LP Pau de Sebo Volume 5, incluindo forrozeiros arretados vomo Marinês e Coronel Ludugero, com produção grande e saudoso, sanfoneiro Abdias. Nos anos 70, a Rede Globo costumava chamar compositores ilustres (Roberto Carlos, Marcos Valle) para compor as trilhas sonoras de suas telenovelas. Raul foi convidado para criar a trilha de O Rebu e dessa experiência resultou um dos maiores hits, "Como vovó já dizia".





Mas Raul acaba se rebelando. Aproveitando a ausência do presidente da empresa, grava seu segundo LP (intitulado Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10), onde faz parceria com Sérgio Sampaio, à época um promissor sambista. O disco foi logo retirado do mercado - Isso lhe valeu a expulsão da CBS quando o presidente voltou. O disco então sumiu, "misteriosamente", do mercado.
Em 1972 participa do VII FIC (Festival Internacional da Canção), promovido pela Rede Globo, e tem duas músicas classificadas, o que lhe deu projeção nacional.
No ano de 1973, já contratado da Philips (atual Universal Music), grava o LP Krig-Há, Bandolo!, com o qual Raul alcançou finalmente o sucesso, estabelecendo a parceria com o hoje escritor Paulo Coelho.mais isso já e outra historia 





Eu não sou louco,

É o mundo que não entende minha lucidez...




A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal





A desobediência é uma virtude necessária à criatividade.
Raul Seixas Por:gnomo

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